A Ação da Cidadania surge como resultado do “Movimento pela Ética na Política” em 1993, sob a articulação do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. Com a tarefa de aglutinar e mobilizar a sociedade brasileira contra a fome e a miséria, o movimento se fortaleceu ao longo desses anos, atuando em todos os Estados e contribuindo de forma efetiva para a diminuição da exclusão social no Brasil.

No Rio de Janeiro, em particular, a Ação da Cidadania coordena as campanhas nacionais: A Campanha Natal Sem Fome dos Sonhos, considerada um dos maiores movimentos de solidariedade do país; e a Campanha do Voto Ético, que tem como objetivo desenvolver a consciência da responsabilidade cívica na transformação do país e lutar pela ética e pelo exercício da cidadania plena nas diversas eleições.

A inserção popular da Ação da Cidadania dá-se através dos Comitês Locais da Ação da Cidadania (em torno de 500) constituídos em comunidades das áreas mais pobres do Estado e articulados por voluntários moradores nessas comunidades. Os comitês atuam junto à cerca de 18 mil famílias, promovendo ações assistenciais e de mobilização da comunidade na luta pela conquista dos direitos sociais. A troca de saberes constante entre eles complementa-se com projetos, como o Cidadania em Ação (apoiado pela Petrobrás), que promove organização e mobilização popular em nível local, chamando a população a exigir seus direitos básicos.

Educação e cultura, como instrumentos fundamentais para a conquista da cidadania e transformação social, amplia-se na Instituição, em 2006, com a mudança de paradigma da Campanha Natal Sem Fome dos Sonhos (com a arrecadação de livros e criação das bibliotecas móveis, os Espaços de Leitura) e com a implementação do Centro Cultural Ação da Cidadania, situado na região portuária do Rio de Janeiro, em um armazém histórico, construído em 1871, pelo engenheiro negro André Rebouças.
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