*Pelas Universidades Indígenas Decoloniais*:

Krahô marcham em Brasília para construir futuro ancestral e defender direitos territoriais 

*Brasília, 2º de abril de 2025* – Pela 21ª vez, os povos originários do Brasil se reunirão no *Acampamento Terra Livre (ATL) 2025*, de 7 a 11 de abril, em Brasília. Sob o sol inclemente do Cerrado, centenas de etnias marcharão em direção aos Três Poderes, dançando ao ritmo de seus ancestrais, para lembrar ao país: *“Estávamos aqui antes. Continuamos aqui”*.  

Neste ano, pela terceira vez uma faixa diferente se destacará na multidão de cores e cantos. É a do *Povo Indígena Krahô*, habitantes ancestrais do Tocantins e Maranhão, que carregam um sonho revolucionário: construir a *Universidade Indígena Decolonial UniKrahô*, a primeira instituição de ensino superior dentro de seu território, regida por sua cosmovisão, organização social e saberes tradicionais.  

*A luta contra o esquecimento*  

Enquanto o Congresso Nacional ameaça reviver a tese do *marco temporal* – que restringe direitos territoriais indígenas a terras ocupadas apenas a partir de 1988 –, os Krahô respondem com um projeto de futuro. “Não queremos apenas resistir. Queremos *re-existir*, educando nossas novas gerações sem apagar quem somos”, afirma *Letícia Jôkàhkwyj Krahô*, doutora em Antropologia e uma das líderes do movimento, pelas Universidades Indígenas Decoloniais.  

A UniKrahô 

propõe um modelo educacional *decolonial*: ensinar matemática, medicina ou direito, mas a partir da epistemologia Krahô, assim como o conhecimento ancestral do seu povo. Um exemplo é sua *governança alternada*, em que o poder é exercido por duas metades – inverno e verão –, garantindo equilíbrio e coletividade. “Não queremos diplomas que nos assimilem. Queremos universidades que celebrem nossa forma de ver o mundo”, explica Letícia, que ousa afirmar que a cultura krahô é uma inspiração para a críse das democracia no mundo.

*Um chamado à sociedade* 

Trazer uma delegação Krahô a Brasília exige recursos. A viagem de mais de 1.500 km, somada aos custos de alimentação e logística, depende de doações. 

O *Instituto Regenerativo Tempo de Plantar*, organização parceira do povo krahô na realização desse sonho, coordena a *7ª Caravana Educacional Krahô*, que une voluntários e indígenas na construção das primeiras estruturas da universidade. 

E se preparam para ir ao território *de 11 a 18 de maio próximo*.

🎯 *Como apoiar:*  

- *Faça uma Doações via PIX:* (61) 9 9610-0812 em favor do  ( Instituto Regenerativo Tempo de Plantar)  

- Você pode também levar doações até o *ATL | Tenda dos Krahô* de alimentos | roupa de frio | água | barraca de camping 

🎯 *Voluntariado:* Junte-se à Caravana Educacional no Território Krahô. [ de 11 a 18 de maio ]

 🎯- *Divulgação:* Compartilhe a causa nas redes sociais com a hashtag #UniKrahôDecolonial  

🎯 *Por que importa?*  

Apoiar os Krahô não é apenas solidariedade. 

É um passo para *reparar séculos de apagamento*. Como lembra Letícia: “Nossos avós sobreviveram a um massacre e epidemias. Hoje, nosso desafio é sobreviver à colonização que segue mundando o nosso modo de vida e ser. A UniKrahô será nossa trincheira de conhecimento e resistência  cultural”.  

*Contato para imprensa:*  

Letícia Jôkàhkwyj Krahô  

(62) 9 9252-0784

Instituto Tempo de Plantar:

(61) 9 9 9610-0812 

*Siga-nos:*  

@unikraho 

@tempodeplantar2025

#MarcoTemporalNão